Tuesday, November 30, 2010

Mandado de despejo aos mandarins do Mundo

75 anos sem(pre com) Fernando António Nogueira de Seabra Pessoa, pensador imenso tão tardia e póstumamente reconhecido exatamente pela sua obra no estilo em que menos escreveu. Não conheço outro, entretanto, que tenha sido tanto e tantos em tão pouco tempo.



(adptação de trechos do texto 'Ultimatum' do heterônimo Álvaro de Campos - Fernando Pessoa - com interpretação de Maria Bethânia sobre imagens extraídas dos créditos finais do documentário 'Pedrinha de Aruanda' de Andrucha Waddington)

"...A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto..."

Fernando Pessoa (13/06/1888 - 30/11/1935)

Wednesday, November 24, 2010

19 anos sem a voz muito especial do AFRICANO Farrokh Bulsara, aka Freddie Mercury

Freddie Mercury (Farrokh Bulsara)
Música: "Save Me" @ Montreal Concert, 1981



Nascido em 05/09/1946, Stone Town,
Zanzibar (Tanzania)
Falecido em: 24/11/91, London, England

(IN MEMORIAM)

Tuesday, November 23, 2010

Salve a batina do Bispo Tutu!


Homófobos, "classófobos", "etnófobos", "gênerófobos", xenófobos, "nordestófobos", todos "teófobos", "antropófobos" e "autófobos", ora pois, que vão todos reclamar ao Bispo!




umuntu ngumuntu ngabantu


Monday, November 22, 2010

"O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever..."

Esta é a abertura do discurso de recebimento de um Prêmio Nobel.

No discurso o laureado referia-se a seu avô.

Como nosso Exmo. Sr. Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, os pais do laureado também eram muito pobres e analfabetos (dormiam com os porcos para esquentá-los - aos porcos - com medo que perecessem no inverno, seu único sustento).

Como nosso Exmo. Sr. Presidente, o laureado com o Nobel acima, somente logrou conquistar em toda a sua vida um único diploma, um diploma de ofício como é o mesmo caso do nosso Exmo. Sr. Presidente e, para ainda maior coincidência, ambos os diplomas são de "Mecânico".

O do nosso Exmo. Sr. Presidente, como sabemos, é mui dignamente de "Torneiro Mecânico" enquanto é de "Mecânico de Automóveis" o único diploma do Sr. José Saramago, único filho do nosso idioma laureado com o Prêmio Nobel.

Do nosso "Mecânico" deste lado do Atlântico já fomos laureados com O Melhor Governo da História e ele com o fato de já ter sido O Presidente do Brasil mais laureado, respeitado e influente em todos os tempos mundo afora, apesar de jamais se ter descuidado, por um instante sequer, da defesa firme - e muitas vezes tensa - dos interesses nacionais indo ainda além, ao ocupar o espaço que renegamos por séculos de liderança na defesa dos interesses continentais e hemisféricos.

Ao final do seu segundo e exitosíssimo mandato o Exmo. Sr. Presidente ainda nos presenteia com um caso raro - senão único - de democracia meritocrática na história da política, ao fazer sua sucessora (pela magnitude de sua liderança e grandeza de seus pares políticos históricos) o primeiro Servidor Público de Carreira a se eleger Presidente pela sucessiva promoção de um cargo para o cargo imediatamente acima. Um fato de grande valor simbólico para todos que servem ao nosso País.

Entretanto, o imenso legado do Exmo. Sr. Presidente (o primeiro que faço questão de chamar sempre assim) terá sido ainda maior que tudo isso.

Terá sido ele mesmo, sua história, seu comportamento, seu exemplo...

Mas, infelizmente, toda evidência do mundo não parece suficiente para arrefecer a ira cega do preconceito...

Ainda ouvimos - e não pouco nem isoladamente - as mesmas palavras estúpidas que ouvíamos quando da sua primeira candidatura há mais de 20 anos.

Palavras que não mereciam ser ditas nem ouvidas àqueles tempos.

Palavras que carregam ainda menos inteligência, humanidade e respeito ao Brasil e seu povo, quando repetidas ainda hoje.

Palavras como algumas que ele cita no desabafo que faz no comício a seguir (aliás, acho que esperei ansiosamente 20 anos e 10 votos para Presidente somente para ouvir este desabafo) com todas as licenças de descontração naturais a um comício e com o seu jeito único que mesmo num desabafo forte, firme, convicto, sincero e verdadeiro, consegue ser leve e até bem humorado.



Ele nos deu a exemplaridade da sua história e a incontestabilidade dos fatos...

Mas ainda caberá a nós todos, insistirmos, persistirmos em difundir e sedimentar estas verdades por mais óbvias que elas sejam!

A ira cega do preconceito é cega demais para, pelo menos, querer enxergar.

E são exatamente sobre esta mesma cegueira, as sábias palavras do nosso outro amado "Mecânico", o d'Além-Mar, ao encerrar aquele seu mesmo discurso (que entitula este texto), ao receber o Prêmio Nobel:



"Cegos. O aprendiz pensou: "Estamos cegos", e sentou-se a escrever o Ensaio sobre a Cegueira para recordar a quem o viesse a ler que usamos perversamente a razão quando humilhamos a vida, que a dignidade do ser humano é todos os dias insultada pelos poderosos do nosso mundo, que a mentira universal tomou o lugar das verdades plurais, que o homem deixou de respeitar-se a si mesmo quando perdeu o respeito que devia ao seu semelhante. Depois, o aprendiz, como se tentasse exorcizar os monstros engendrados pela cegueira da razão, pôs-se a escrever a mais simples de todas as histórias: uma pessoa que vai à procura de outra pessoa apenas porque compreendeu que a vida não tem nada mais importante que pedir a um ser humano. O livro chama-se Todos os Nomes. Não escritos, todos os nossos nomes estão lá. Os nomes dos vivos e os nomes dos mortos.

Termino. A voz que leu estas páginas quis ser o eco das vozes conjuntas das minhas personagens. Não tenho, a bem dizer, mais voz que a voz que elas tiverem. Perdoai-me se vos pareceu pouco isto que para mim é tudo."

Oliver Stone: "Um momento histórico da América do Sul. Nada parecido desde Bolívar, desde 1820..."

"Hey... Esses caras estão mudando a América do Sul...
Antes, nós expulsávamos os reformadores, um após outro..."

Oliver Stone & Tariq Aziz
"Ao Sul da Fronteira"
no Democracy Now!
PARTE II


Entenda, no trecho de entrevista a seguir, como um cidadão de alto nível, herói de guerra, chega a se indignar com o seu próprio país ao ver de perto tanto mal sendo feito por tanto tempo, em tantos lugares, o tempo todo.

Ao ponto de empregar o melhor de seu reconhecido talento como ferramenta de conscientização para que todos possam abrir os olhos e reagir a tantas injustiças e distorções sendo "exportadas" - ou distorcidas internamente - para prejudicar tantos países irmãos ou, talvez ainda pior, patrícios irmãos.

Países e gentes que podem perfeitamente compartilhar harmônica, próspera, pacífica e democráticamente um vasto continente abundante em recursos, capaz de propiciar um desenvolvimento pujante e, ao mesmo tempo, sustentável, solidário e justo para todos.



Dos recordistas em Oscars de Melhor Diretor, desde o início da premiação em 1928, apenas 01 foi laureado 04 vezes e apenas 02 foram laureados 03 vezes, todos falecidos. Dos laureados com 02 Oscars, apenas 04 continuam vivos, Oliver Stone entre eles, laureado por Platoon, em 1986, e Nascido em 04 de Julho, em 1989.

Muito antes, porém, Oliver Stone já havia recebido seu primeiro Oscar, em 1978, pelo Melhor Roteiro Adaptado para o legendário Expresso da Meia-Noite.

Outro de seus de filmes, Wall Street, deu o Oscar de Melhor Ator para ninguém menos que Michael Douglas.

Entre suas quase duas dezenas de sucessos aclamados por Hollywood, os filmes investigativos sobre a história, a história do presente sobretudo, acabaram virando uma de suas especialidades.

Ele já levou para as telas três presidentes americanos em JFK, Nixon e W.

Já focou na ganância do setor financeiro em Wall Street, "hit" de Hollywood, e na sua seqüência, Wall Street 2: Money Never Sleeps, lançado no Festival de Cannes em maio.

E abordou os aspectos mais controversos da guerra, em seus clássicos Platoon e Nascido em Quatro de Julho.

O aclamado Platoon é, de certa forma, autobiográfico.

Oliver Stone viveu os horrores da guerra por dentro.

Ele é Veterano da Guerra do Vietnã. E duas vezes condecorado. 

Com a Estrela de Bronze e com o Coração Púrpura.

Foi exatamente depois de voltar daquela guerra sem o mínimo sentido, que Oliver Stone "sentiu-se chocado" ao não ver sentido nenhum na presença de tantos soldados do seu país, como ele o fora um dia, em tantos lugares das Américas Central e do Sul por onde ele passava, viajando, 15 anos depois de voltar do inferno no Vietnã.

Perplexo, começou a se interessar pelo assunto e buscar respostas, ou melhor, como cineasta, tentar documentar respostas em película.

Daí nasceram vários filmes sobre o continente como Salvador, Comandante e Looking for Fidel.

Em seu último filme, South of The Border (Ao Sul da Fronteira), lançado em junho tanto nos Festivais de Veneza e Cannes quanto na América Latina e Estados Unidos, Oliver Stone pega a estrada pela América do Sul e se encontra com 07 Presidentes no continente.

Suas impressões - bem como as do co-roteirista do filme, o comentarista político, historiador, ativista, cineasta, romancista e editor britânico-paquistanês Tariq Ali - não poderiam estar postas com mais clareza quanto nesta entrevista modelar concedida em junho de 2010 a Amy Goodman e Juan Gonzalez do Democracy Now!

Seu testemunho vivo, presencial, seu olhar "estrangeiro", sobre o que se passa em nosso país e em nossa tão próxima e ao mesmo tempo distante vizinhança, bem como a sua convivência permanente com as mensagens e percepções difundidas pelos meios de comunicação desde o Alaska até a Patagônia, nos dão a tão necessária medida, o contraponto equilibrado e a transparência há tanto turvada e omitida, para que possamos - em contrapêso ao côro uníssono das outras muitas fontes que, entrentanto, comungam obviamente de interesses convergentes - para que possamos balancear pesos e contrapesos e chegarmos a nossas próprias independentes e soberanas conclusões.

E que as câmeras de Oliver Stone nos tragam um pouco mais de luz para nossa ação!

Finalmente, cabe aqui repetir a assertiva: nada justifica que um filme dirigido por um dos mais premiados diretores de Hollywood e que é exatamente sobre nós e nossa história do presente, não seja divulgado e promovido exatamente entre nós como qualquer outro filme muito menos qualificado o seria.

Continuarei a legendar a brilhante entrevista de Oliver Stone e Tariq Aziz para o Democracy Now.

Para quem quiser antecipar-se, entretanto, ela pode ser encontrada com transcrição em inglês em:

Democracy Now!

Diante da virulência com que o filme foi recebido, Oliver Stone montou um "site de guerra" extremanete bem lastreado quanto às distorções na Grande Mídia Estadunidense e trazendo documentos que envolvem diretamente a CIA no Golpe-de-Estado contra Chávez em 2002. Vale conferir (em inglês) em:

South of The Border

Esta é uma discussão bastante ampla.

Engrenada à máquina da Grande Mídia estão as máquinas da Distribuição Cinematográfica, da Produção Fonográfica, da Realização de Eventos e muitas outras.

A manipulação da informação dentro de nossas fronteiras não se dissocia da mesma manipulação interna a cada país e da máquina global de propaganda, estejam todas e cada uma coordenadas ou não.

As Grandes Fábricas de Mitos. 
Os Grandes Moinhos de Heróis.


Veja também:

O Grande Lançamento do Ano - Num Cinema Bem LONGE de Você!
A Falsa Democracia (por José Saramago) e a força do Brasil
9/11 (Tue) > ¡Viva Chile! And peace be upon US as so! 


Tudo o que eu queria ter escrito! Eu e o Exmo. Sr. Deputado Tiririca.!

Nesta última campanha, como nunca em intensidade por mais de 20 anos, o odor de um Brasil mal-cheiroso se fez escapar e espalhar dos esgotos da arrogância, da soberba, da ganância, da intolerância, da segregação, da desfaçatez, do preconceito, do ódio, da burrice.

De uma espécie de gente que não quer seu País, que não quer entender seu País, que não vê a grandeza de seu País e, acima de tudo, a grandeza, a beleza e a unicidade de sua Gente. Uma Gente da qual - queiram ou não - fazem parte, mas insistem em pensar ou insistem em não fazer. Preferem pensar serem e pertencerem ao alheio.

Para estes, contudo, já me basta uma única frase:

"quem tanto persiste em fixar-se no alheio,
só pode tender a ladrão".


Entretanto, desde o fim do 1º Turno, um fato, um único fato, catalizou meu mal-estar, enfiou-me numa angústia de dar dó e, ao mesmo tempo, me carregou de sentimentos opostos como ira e angústia, disposição para a luta e uma tristeza quase depressiva, fé no Brasil e nos brasileiros e desprezo pelo ser humano.

Acredito que isso se passou comigo por dois motivos principais:

1. Por se tratar não mais de palavras na boca de um candidato, comportamentos de meios de comunicação etc, mas de um fato concreto, com trâmites objetivos e desfecho factual: denúncia, processo e sentença. E tudo baseado nas premissas horrendas advindas do fedor vazado dos esgotos como citado acima. E o tema em si representando a própria síntese essencial das referidas premissas.

2. Por ter sentido uma imensa vontade, por ter sentido mais que uma imensa vontade um visceral e urgente senso de obrigação, de pôr minha voz à luta, à disposição, de gritar minha indignação, de me alinhar aos humanos. Sei que minha voz é rouca e são muito poucos os ouvidos à minha volta. Sei que meu texto é mal escrito e pouco lido. Mas a questão é outra. Não estaria escrevendo para mim mas para meu País e em nome do senso de pertinência, da consciência de pertencer e de livremente nos pertencermos que nos faz um País, único caminho que nos pode fazer e manter grandes. E estar ausente, ficar calado, não participar, significa enfim fazer parte de nada e egoísticamente ter tudo aquilo que o nada pode oferecer. Enquanto gritar mesmo que silente, participar mesmo que invisível, significa guardar para sempre no inviolável altar de sí próprio toda a grandeza de uma História com o valor e a grandeza de 200 milhões. Mas nada, nem todo o tempo, nem todo o esforço do mundo me fez conseguir expressar algo que me parecesse claro, útil, digno de ser expresso. A frustração frustrou minha capacidade de ação. E frustrado fiquei. E frustrado continuei. Até que...

Até que... me salvou o Sr. VANRAZ.

O Sr. VANRAZ, no seu texto, expressou tudo o que eu queria - e muito mais - com uma precisão cirúrgica, uma firmeza equilibrada e um brilho luminoso que molharam meus olhos para lavarem minha alma. E me trouxe, leve e novo, de volta à lida.

Tudo o que eu queria ter dito, muito mais e melhor do que eu o teria.

É o texto que orgulhosamente transcrevo agora.

Aliás, com um sincero pedido de desculpas pelo longo "intróito" acima, visto que o texto abaixo é o que diz tudo.

Terá sido minha comemoração (o "intróito" acima) pelo desabafo do Sr. VANRAZ (abaixo) que me "desabafou" junto.

Sugiro ainda, caro leitor, que o leia direto no original, no Blog do Sr. VANRAZ que é simplesmente excelente!

De qualquer sorte, segue o link do Blog do Sr. VANRAZ:


E segue a transcrição do texto que me salvou:

A APROVAÇÃO DO POVO
PRECISA SER APROVADA

Desabafo!

O Quê? Não estão satisfeitos com a prova de que o Tiririca não é analfabeto?

Por que estão fazendo isso com esse cidadão?

Quando alguém lava o rosto e cospe na podridão da política deste país é porque é analfabeto? Ignorante, imbecil? Quem faz isso não pode ser deputado? Por que os anões do orçamento puderam? Roberto Arruda foi pego recebendo dinheiro, ele era analfabeto, ele era palhaço?

Que mal esse comediante fez? Só porque traduziu a voz do povo em sua campanha ele não pode ser diplomado?

Quem nunca ouviu aquelas frases ditas por ele em cada esquina desse país? Será que não aprenderam com o iluminado Luiz Inácio Lula da Silva que não devemos esconder o lixo embaixo do tapete?

Somos um povo livre! Nossa opinião não pode ser reprimida! Já não bastam os terríveis anos de ditadura?

Eu nunca vi candidato que tenha mais a cara do povo do que o Tiririca. Eu nunca vi a voz do povo tão bem traduzida quanto nas palavras daquele comediante. Comediante, diga-se de passagem, que foi chamado de “palhaço”. Quem é “palhaço”? Quem fez palhaçada nessas eleições? Tiririca foi o único que não fez palhaçada! Foi o único que não gozou com a nossa cara! Foi o único que não tentou nos enganar! Foi o único verdadeiro!

Ele brincou com os políticos e a política, coisa que fazemos no dia-dia e que temos vontade de fazer isso para um auditório maior e não temos oportunidade.

O que ele fez foi uma crítica  que considero construtiva. CONSTRUTIVA!! Cada político deve agora descer do palanque e tentar mostrar para o povo que o desenho que o Tiririca mostrou deles não vai se repetir!

Agora virou moda chamar os outros de analfabeto. Oh! Que grande coisa ter um título universitário!! Que grande coisa ser um doutor letrado! Que grande coisa ser um intelectual! Que grande Coisa!!!!!!! Não defendo aqui de maneira alguma o analfabetismo. Não é isso. O que não tolero é o uso dessa palavra como meio para discriminar,  para menosprezar as pessoas, para ofendê-las, constrangê-las.

Tenho dois cursos superiores e estou fazendo um terceiro nem por isso sou melhor do que ninguém. Graaaaaaaande coisa está formado e agir como um brutamontes quando valoriza excessivamente um título e agride os humildes!!!!! Não sou nem melhor nem pior do que ninguém. Mas eu poderia me questionar e tenho argumentos de sobra para isso. Quem sou eu no meio do povo? O que fiz com todos os meus títulos pelo benefício do meu povo? Tenho certeza de muitas coisas:

Eu não equilibrei as contas do meu país! Eu não tirei milhões de brasileiros da miséria! Eu não quitei a dívida com o maldito FMI! Eu não ampliei as Universidades nem as escolas técnicas! Eu não acabei com as palafitas de Brasília Teimosa, no Recife! Eu não gerei 15 milhos de empregos! Eu não construí plataformas de petróleo! Eu não reergui a indústria naval brasileira, os estaleiros do Rio de Janeiro e nem construí novos estaleiros em Pernambuco! Eu nunca fui chamado de “o cara” nem pelo porteiro! Eu não fiz o Bolsa Família! Eu não ajudei os estudantes pobres deste país a entrarem nas universidades públicas e nas particulares com tudo pago! Eu nunca pensei em zerar a alíquota do IPI para as pessoas comprarem veículos e ajudar meu país a não entrar na crise mundial! Eu nunca conseguiria fazer o sonho de D. Pedro II de fazer a transposição do Rio São Francisco sair do papel! Eu nunca criei o PAC para gerar emprego e renda para meus irmãos brasileiros. Eu não ganhei diversos prêmios e reconhecimento internacionais! Eu nunca teria nem pensado em fazer a ferrovia Transnordestina! Eu não criei o programa minha casa minha vida! Eu não fiz novas hidrelétricas para evitar o apagão em nosso país! Eu não conquistei a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas para o meu país!

Meu deus, são tantas coisas que eu não fiz! O que é que eu fiz nesses meus quarenta anos pelo meu país?

Vocês pensam que eu estou triste com isso? Eu não estou. Eu fiz muito pelo meu país. Eu ajudei a eleger a pessoa mais criticada e acusada de ser cachaceiro e analfabeto neste país. Eu tenho a honra de dizer para meu filho que ajudei a colocar no comando central do meu país o maior presidente da República que esse país já teve: O NADA MAIS NADA MENOS QUE O EXCELENTÍSSIMO SENHOR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, a quem sempre considerarei, até a morte, como sendo MEU LÍDER!

Não defendo o Tiririca, defendo a democracia, a vontade do povo. Ele foi escolhido, então cumpra-se a vontade popular.

Se ele não atender às expectativas do eleitorado de São Paulo, então que se esperem novas eleições. Se ele cometer algum erro ou ilegalidade no exercício de suas funções, então que se cassem o seu mandato. No momento o que eu e mutos civilizados esperamos é que as leis sejam cumpridas, que a vontade do povo seja respeitada, pois, o Poder emana do povo.

VANRAZ

Sunday, November 21, 2010

Fábricas de Mitos. Moinhos de Heróis.

O "Choque de Civilizações".



Já foram judeus. Já foram alemães.

Antes e depois os russos. Eles, também, fizeram parecido mas, nós, aqui, não vimos.

Agora são os mulçumanos (que todos viraram árabes) e os árabes (que todos viraram mulçumanos) que (ambos) viraram todos feios, gordos, sujos, fedorentos, maus, psicopatas, violentos e tudo de menor e pior pelas telas dos cinemas e dos noticiários de televisão e páginas de jornal e internet do mundo.

Sem falar nos "zoombies" das telas que assombram o diametralmente oposto Vodou seja no Haiti seja em New Orleans.

Se imagine criança, se assistindo assim por todo lugar.

E as etnias indígenas cujo "inocente assassinato" foi por décadas - e ainda hoje em muitas sobras - o inocente objetivo dos inocentes jogos infantis tais como "Forte Apache" e sua prole infinita.

E minhas gentes, tradições e fés da minha tão brasilera e maior cidade africana fora d'África ainda tão escrava de imagens e percepções sempre diminuidoras, denegridoras (até em simples palavras herdadas), rotuladoras exceto quando "generosamente" folclorizantes.

Pois que todos, juntos, todos e cada um, precisamos reconsagrar nossos Deuses.

Para que eles ressuscitem e resgatem nossos heróis das tumbas.

E que nossos corações possam retumbar para muito além do tambor.

Saturday, November 20, 2010

Salve Zumbi dos Palmares, Salve Margareth Menezes - Alegria da Cidade

Margareth Menezes - Alegria da Cidade - Montreux Jazz Festival 2006



Composição: Lazzo Matumbi / Jorge Portugal

A minha pele de ébano é...
A minha alma nua
Espalhando a luz do sol
Espelhando a luz da lua (2x)

Tem a plumagem da noite
E a liberdade da rua
Minha pele é linguagem
E a leitura é toda sua

Será que você não viu
Não entendeu o meu toque
No coração da América eu sou o jazz, sou o rock

Eu sou parte de você, mesmo que você me negue
Na beleza do afoxé, ou no balanço no reggae

Eu sou o sol da Jamaica
Sou a cor da Bahia
Eu sou você e você não sabia

Liberdade, Curuzu, Harlem, Palmares, Soweto

Nosso céu é todo blue e o mundo é um grande gueto

Apesar de tanto não
Tanta dor que nos invade, somos nós a alegria da cidade
Apesar de tanto não
Tanta marginalidade, somos nós a alegria da cidade (2x)

O Grande Lançamento do Ano - Num Cinema Bem LONGE de Você!

Dos recordistas em Oscars de Melhor Diretor, desde o início da premiação em 1928, apenas 01 foi laureado 04 vezes e apenas 02 foram laureados 03 vezes, todos falecidos.

Dos laureados 02 vezes, apenas 04 continuam vivos: Steven Spielberg, 63 anos; Clint Eastwood, 80 anos; Miloš Forman, 78 anos; e Oliver Stone, 64 anos.

Como é de se esperar, um filme de qualquer um dos 04 é sucesso de bilheteria na certa.

E, como é de se esperar, um filme de qualquer um dos 04 significa todo o gigantismo em esforço promocional no melhor estilo de Hollywood: visita do Diretor e entrevistas nos principais programas e espaços da mídia eletrônica e impressa, merchandising em tudo que é lugar, banners por toda a Internet e promoções nas Redes Sociais, chamadas nas locadoras e disponibilização imediata após o lançamento nos cinemas e chamadas desde já para a exibição que só vai acontecer no ano que vem nos canais de televisão aberta e por assinatura.

Normal. Nada além do normal.

Agora, imagine que o referido diretor, um dos únicos 04 vivos com 02 Oscars, também já foi premiado com um terceiro por Melhor Roteiro Adaptado (por Expresso da Meia Noite), é o mais polêmico de todos os 04 e um de seus outros filmes também já deu o Oscar de Melhor Ator a ninguém menos que Michael Douglas.

Finalmente, para apimentar definitivamente a história, vamos dizer que este seu último filme seja específicamente sobre nosso Continente, incluíndo nosso País.

Sobre a América do Sul e sobre nós, o Brasil.

E não sobre uma história de ficção ou sobre nossa história do passado.

É sobre o agora, sobre nossa história do presente.

Um prato cheio para o gigantismo da máquina promocional no melhor estilo de Hollywood e chamadas até a exaustão na mídia brasileira, não é verdade?

Não!

Alguém me perdoe se em outras praças algo tiver se passado diferente. E por favor me corrijam.

Mas o novo filme de Oliver Stone - o mesmo diretor de Platoon, Wall Street, JFK, Nascido em 04 de Julho etc etc etc - que é um "documentário-de-estrada" sobre a nova América do Sul que nasce, estrelando 07 Presidentes, inclusive o nosso - o Exmo. Sr. Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva - lançado em junho deste ano, não mereceu nem sequer um "piu" da mídia e não entrou em cartaz em nenhuma sala de Salvador, Bahia.

Sexta-feira, 19 de novembro, fui até uma boa locadora tentar localizá-lo. Existe uma prateleira inteira dedicada somente a Oliver Stone. Mas ninguém sequer ouviu falar do filme!

Tem explicação?

Tem sim!

Ele mesmo explica nesta entrevista exemplar - em um trecho posterior a este minúsculo início que comecei a legendar - como outro de seus filmes: "Comandante" -, passou na Europa mas foi censurado sutilmente na Grande Democracia Estadunidense.



Simplesmente a HBO comprou os direitos do filme e, quando Stone o entregou finalizado - a pretexto de dizer que o mesmo não estava pronto -, simplesmente o trancou e não distribuiu.

Por outro lado, que interesse tem nossa Grande Mídia em promover um filme - por mais sucesso que vá ser e lucro que possa trazer - que "desdemoniza" Hugo Chávez que "cassou" uma concessão de TV e "continua a cercear a Liberdade de Imprensa" no exato momento em que esquenta o clamor por uma "Ley de Medios" para o Brasil?

Não vou aqui dizer que Hugo Chávez é um santo. Mas posso garantir que "El Diablo" ele não é.

E, realmente, acho um absurdo ele não ter renovado (porque ele não cassou nada - aliás o que queriam cassar era o seu legítimo mandato) a concessão. O que ele tinha que ter feito é demolido o prédio e encarcerado todo mundo. Porque conheço as cenas da emissora anunciando o "novo Presidente" e o reconhecimento do "novo Governo" por Washington e Madrí com o Presidente eleito ainda dentro do Palácio.

Outro dia assistí a Sean Penn respondendo a David Letterman o por quê de ter visitado Chávez diante do cerceamento à Liberdade de Imprensa naquele país. Penn apenas respondeu alguma coisa como: que foi para distrair El Señor Presidente enquanto a Fox continuava a transmitir direto de Caracas falando barbaridades dele. Letterman encerrou a entrevista.

Mas isso é outra história.

Por enquanto, a única assertiva que faço é: nada justifica que um filme dirigido por um dos mais premiados diretores de Hollywood e que é exatamente sobre nós e nossa história do presente, não seja divulgado e promovido exatamente entre nós como qualquer outro filme muito menos qualificado o seria.

Continuarei a legendar a brilhante a entrevista de Oliver Stone e Tariq Aziz para o Democracy Now.

Para quem quiser antecipar-se, entretanto, ela pode ser encontrada com transcrição em inglês em:

Democracy Now!

Diante da virulência com que o filme foi recebido, Oliver Stone montou um "site de guerra" extremanete bem lastreado quanto às distorções na Grande Mídia Estadunidense e trazendo documentos que envolvem diretamente a CIA no Golpe-de-Estado contra Chávez em 2002. Vale conferir (em inglês) em:

South of The Border

Esta é uma discussão bastante ampla.

Engrenada à máquina da Grande Mídia estão as máquinas da Distribuição Cinematográfica, da Produção Fonográfica, da Realização de Eventos e muitas outras.

A manipulação da informação dentro de nossas fronteiras não se dissocia da mesma manipulação interna a cada país e da máquina global de propaganda, estejam todas e cada uma coordenadas ou não.

As Grandes Fábricas de Mitos. 
Os Grandes Moinhos de Heróis.


Wednesday, November 17, 2010

Desabafo Eleitoral MTV (from Caracas, Bahia)



Um Show de Marcelo Adnet!

MANIFESTO ELITISTA*

*Obs.: O “elitista” aqui refere-se a dinheiro, dinheiro mesmo, nada de pose, tataravó baronêsa, fama efêmera, presença em festas e colunas sociais, amizades importantes ou similares do gênero.

[IMPORTANTE: Na reunião para aprovação do presente Manifesto, caro confrade, durante a apresentação do vídeo gostaríamos de lembrá-lo de ter sempre à mão o seu saquinho-de-vômito que estará devidamente disponível sobre a mesa à sua frente. Obrigado.]



Brasil, Novembro de 2010,

Prezados Confrades Ricos, Milionários e Biliardários Brasileiros,

As forças do atraso e da obscurescência conspiram numa espiral tôsca, sórdida, cega e crescente que já beira o descontrole e ameaça seriamente o nosso porvir.

Acostumados como somos ao pensamento e ao investimento de longo prazo, não podemos arcar com os prejuízos que recaírão sobre nossas costas no eminente (caso tal espiral não seja controlada) retorno à pre-história.

Urge que mobilizemos mundos e fundos e ajamos firme e prontamente para conter tamanha insanidade.

Como ponto exemplar, se apresenta o conjunto de idéias disseminadas – como entre tantos outros casos – por esse tal Sr. Estultício Prutz, empregado da RBS (Reich Brasil Sul).

Este Sr. é um atentado vivo às nossas vendas e à saude econômica nacional como um todo.

Parece pretender destruir nossa indústria automobilística, no melhor momento de sua história, gerando impactos nefastos na indústria de autopeças, metal-mecânica, mecatrônica, eletrônica e, em cadeia, assim por diante.

Pior, este nefasto parlapatão pretende confinar nossos consumidores em gaiolas, mantendo casais em exercício permanente de espancamento mútuo e sem direitos a sair, divertir-se, obter crédito e, por conseguinte, consumir o que quer que seja.

Nem, ao menos, quer permitir-lhes viver dignamente como cidadãos saudáveis física, intelectual e psicológicamente, aptos a se tornarem trabalhadores produtivos para que nossas empresas sejam mais competitivas, empreendedores criativos para que nossa economia se dinamize e enriqueça enriquecendo-nos ainda mais ou, ainda, tornando-se pela abertura de oportunidades e através de suas capacidades, quiçá, ricos, milionários e/ou bilionários como nós, todos juntos num patarmar acima por termos assim uma economia muito mais rica e, todos juntos, muito mais fortes por podermos fazer um côro muito mais consistente que seja ouvido em alto e bom som na defesa de nossos interesses comuns junto ao competitivo mercado global.

Este Sr. Estutílcio, da Reich, que tanto fala em livros não deve jamais ter lido nada escrito após o século XVIII.

Pois não consegue sequer apreender os princípios rudimentares que levaram à compreensâo da incompatibilidade entre Revolução Industrial e escravidão

Quanto mais compreender a nova dinâmica geo-sócio-político-econômica que se impõe frente aos desafios da Era do Conhecimento em que a largos passos adentramos.

Desta forma, decidimos:

I. Como medidas exemplares destinadas pontualmente ao caso em foco:

a) Exigir a incondicional e irrevogável demissão do Sr. Estultício Prutz bem como do seu chefe, do chefe do seu chefe, do chefe do chefe do seu chefe e, assim por diante até a demissão do próprio Führer em pessoa.

b) A suspensão ad eternum et pos mortem de todo e qualquer anúncio, promoção, patrocínio, enfim, de qualquer negócio com o referido Grupo Reich Brasil Sul até sua retratação veemente, consistente e redobrada.

c) Disponibilizar helicópteros para bombardear o Sr. Estultício com bolinhas-de-papel, o que nos parece (dado seu “miolo-mole”) suficiente para afastá-lo de qualquer outro emprego que tente conseguir. Caso seja frustrada a tentativa, o bombardearemos com os 03 volumes (500 páginas cada, aproximadamente) de “Ascenção e Queda do III Reich” para que ele constate definitivamente a teoria implícita no seu comentário de “como um bom livro pode mexer com a cabeça de uma pessoa”.

d) Exigir que a Reich Brasil Sul, em vez de comentários espúrios, exija do Governo dos estados onde atua que fiscalizem com todo rigor a aplicação da legislação conhecida como “Lei Sêca” proposta pelo Governo do Exmo. Sr. Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, isso sim, resultando em significativa redução do número de acidentes fatais em nossas estradas.

2. Como Medida Permanente, Ampla, Geral e Irrestrita

Criação com receita permanente própria oriunda de 0,1% da Receita Operacional Líquida de nossas empresas e gestão absolutamente independente baseada em pleno Controle Social do Instituto Brasileiro de Igualdade, Justiça e Liberdade de Expressão com as finalidades de:

a) Abertura de Centro de Investigações e Auditoria Independente de instituições e autoridades do judiciário com a publicação de relatórios.

b) Centro de Monitoramento do Preconceito com a finalidade de monitorar permanente e independentemente a mídia, igrejas e demais instituições e denunciar quaisquer abusos.

c) Abertura, operação e manutenção no estado-da-arte de veículos de comunicação em todos os meios existentes e em todos os estados brasileiros. Os veículos representarão tão somente “veículos” (a infraestrutura física, tecnológica e operacional). Os conteúdos para os horários franqueados serão fornecidos independentemente por terceiros através de seleção feita por comissões da sociedade a definir e sob regulamentação que imponha a pluralidade, a democracia, o impedimento de acumulações (trustes e similares) etc e o estímulo a conteúdos locais, culturais, debates e educacionais.

Que Divulgue-se e Aja-se.

Associação Brasileira das Pessoas com Dinheiro, Muito Dinheiro, Mas Muito Dinheiro Mesmo.

Viva o Brasil!

E que sejam benvindos todos os novos proprietários de carros ou de qualquer outra coisa, todos os novos consumidores, todos os novos integrantes da classe média, os novos ricos, novos milionários, novos bilionários e, tomara, novos trilionários. E todo dinheirinho honesto e produtivo também seja benvindo.

Tuesday, November 16, 2010

O Presidente Barack Obama acaba finalmente de ganhar o Prêmio Nobel da Paz

All The Gods of All The Peoples Bless You Mr. President!

Pela grandeza, pela sensatez - das quais quase todos hoje abdicam por medo de serem demonizados enquanto ajudam a construir o Inferno na Terra -, pela coragem, Sr. Presidente, seu Prêmio Nobel é agora, merecida e definitivamente seu.



E é ainda pouco para sua atitude digna de todas as fés e religiões ao tentar furar o cêrco dos que as violentam em nome de algum Deus.

Axé!

umuntu ngumuntu ngabantu

Wednesday, November 10, 2010

Haiti I Am Sorry

Haiti I Am Sorry: Hurricane Tomas - Cholera - Earthquake

Artwork; Haitian-Artist/Activist: SMITH GEORGES
Song: Trinidadian singer: DAVID RUDDER



LYRICS

HAITI I AM SORRY
By David Rudder (Trinidadian)

Toussaint was a mighty man
And to make matters worse he was black
Black and back in the days when black men knew
Their place was in the back
But this rebel, he walked through Napoleon
Who thought it wasn't very nice
And so today my brothers in Haiti
They still pay the price...yeah, yeah...

Chorus:
Haiti, I'm sorry
We misunderstood you
One day we'll turn our heads
And look inside you
Haiti, I'm sorry. Haiti, I'm sorry
One day we'll turn our heads
Restore your glory.

Many hands reach out to St. George's
And are still reaching out
To those frightened,
Foolish men of Pretoria
We still scream and shout
We came together in song
To steady the Horn of Africa
But the papaloa come and the babyloa go
And still, we don't seem to care...No, no...

Chorus:
Haiti, I'm sorry
We misunderstood you
But one day we'll turn our heads
And look inside you
Haiti, I'm sorry. Haiti, I'm sorry
One day we'll turn our heads
Restore your glory.

When there is anguish in Port au Prince
It's still Africa crying
We are outing fires in far away places
When our neighbors are just burning.
They say the Middle Passage is gone
So how come overcrowded boats still haunt our lives
I refuse to believe that we good people
Will forever turn our hearts
And our eyes...away...

Chorus:
Haiti, I'm sorry
We misunderstood you
One day we'll turn our heads
And look inside you
Haiti, I'm sorry. Haiti, I'm sorry
One day we'll turn our heads
Restore your glory.
Haiti, I'm sorry, sorry...

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De volta à luta, ainda que tarde Ayiti! Perdoe-nos!
 

A Carta

De: O Novo Mundo
Para: Um Mundo Novo
A/C:  Exmo. Sr. Luís Inácio Lula da Silva / Exma. Sra. Dilma Vana Roussef

"...a terra em si é de muito bons ares frescos (...) em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; (...) Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar..."


Ache outros vídeos como este em Portal Luis Nassif

Saturday, November 6, 2010

O Lado de Cá visto do Lado de Lá


Brasil: campaña mediática derechista contra Dilma Rousseff


(ou só é permitido criticar -  e cutucar - em Português?)


E como conheço melhor o lado cá, vejo a crítica como razoavelmente equilibrada e pertinente. Bem mais serena, por exemplo, que nossa incessante contrapartida demonizadora.



Diante de tantos erros e/ou desvios, que não caiamos na armadilha sob qualquer hipótese do cerceamento de meios, mas que tenhamos o descortínio que urge, a abertura plena e a boa vontade sensata (que pressupõe a disposição sincera de todos os atores) para encontrarmos os melhores meios para pluralizar e proliferar mais, melhores e novos meios

Em velhos e novos modelos (mais importante ainda que tecnologias).

Carecemos inexorável e inadiávelmente de meios democratizados, não setorizados, não sectários, balanceados pela força da sua pulverização. 

Ou continuaremos eternamente reféns de meias verdades, eternamente meios cidadãos.  

É preciso que os meios de hoje entendam por inteiro essa mensagem e participem por inteiro dessa re-evolução  para que jamais outros meios possam justificar estes tão necessários fins. 

Ao contrário do que possam temer, engajados, eles somente têm à crescer com o  país.

Por paradoxal que pareça, a mítico-proclamada Liberdade de Imprensa é hoje o maior - senão único - obstáculo para a Liberdade de Expressão plena no Brasil. 

E esta última, para além de qualquer rancor revisionista do passado ou resistência conservadora contra o futuro, esta é, no Brasil que precisa saltar de cabeça na Sociedade do Conhecimento, um grande Imperativo Nacional.

Que estes novos meios - que inapelávelmente virão - sejam nossa mensagem.

Vamos Juntos!

Honra ao Mérito

Meu Excelentíssimo Senhor Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva consegue ser superação e surprêsa até sempre. É, portanto, o primeiro que me dá - até como provocação aos que tanto e tão estupidamente já o provocaram - vontade de chamar assim.

E essas tantas palavras não se me ocupam em representar pronomes de tratamento.

Para mim, são tão somente sinceros e carinhosos adjetivos dedicados ao  meu Presidente cujo legado é muito maior que seu grande Governo.

Seu maior legado está na sua própria história, seu exemplo e sua preocupação em nos mostrar que somos todos iguais sem perdermos a riqueza e beleza de nossas diferenças.

Irmãos e brasileiros!

Que sempre poderemos ser o que fizermos por merecer...

Mais uma vez, já ao fim do seu segundo mandato, ele vai muito além de vencer outro grande preconceito ao transferir o cargo para a Primeira Presidente do Brasil. 

Este é o fato que está marcando a História.

Mas é outro o imenso detalhe que mais me orgulha e chama atenção.

Esta sucessão irá nos propiciar um raro - talvez único - espetáculo de meritocracia na política. 

Um exemplar espetáculo somente possível pela credibilidade da sua liderança e pela grandeza de seus pares históricos.

Pela primeira vez, um Servidor Público de carreira se tornará Presidente pela sua simples promoção para o cargo imediatamente superior ao que exercia!



Um mérito do Presidente Lula que muito nos honra ao Brasil.

E Viva Nós! 

E Viva Nossa Presidente! 

E Viva o Povo Brasileiro!

Friday, November 5, 2010

¡No Serrarán!

Paratodos



O Brasil para Todos os Brasileiros.

E não somente para os "vermelhinhos" ou "azuizinhos" dos mapas eleitorais simplistas e manipuladores que tentam "Serrar" o Brasil ao meio.

Os assinantes do tal "Manifesto São Paulo para os Paulistas" podem até se considerar seres superiores porque devem morar em andares mais altos nos edifícios "construídos por peões nordestinos".

Contudo, não me parecem muito inteligentes como se pensam (aliás, se pensar muito inteligente já é um bom sinal do contrário).

Caso o fossem, teriam votado e feito ardorosa campanha para a Exma. Sra. Presidente Dilma Roussef visto que a sua eleição, como o fora o Governo do Exmo. Sr. Presidente Lula, significará um ainda maior reequilíbrio entre as regiões do Brasil, um continuado crescimento a "taxas chinesas" do Nordeste e, por conseguinte, um Movimento "Retro-Migratório" que acabará por trazer todos os "vermelhinhos" de volta para seus lugares no Mapa da Discórdia e deixando São Paulo só para os paulistas...

Até, por exemplo - pois é assim que começa - que o bairro da Liberdade se auto-proclame "Província Autônoma da Mãe-China" exigindo o mesmo status de Macao e Hong Kong (após sangrenta Guerra Civil massacrando os contingentes nipônicos e coreanos) e assim por diante.

Querem Serrar o Brasil?

Que coisa feia...

Pero...

¡No Serrarán!

Em 05 de novembro de 2010,

Desta Cidade do Salvador da Bahía de Todos os Santos, Orixás, Maíras e Tupãs, Roma Negra, Terra Mãe do Brasil, Filha, Mãe e Irmã Orgulhosa da mistura brasileira, de todos Amazônidas, Nordestinos, Sulistas, Paulistas, Capixabas, Mineiros, Fluminenses, do Centro e Oeste, e de todos que chegarem de onde chegarem de todos os cantos do Mundo. Estado estimado por si mesmo e acolhedoramente feliz por ser governado por um "carioca judeu", não menos brasileiro baiano humano por isso. Maior cidade Nordestina. Maior Cidade Africana fora d'África. Maior Ciudad Gallega afuera España. Recôncavo de onde dezenas de milhares de homens e mulheres, brancos, negros, índios, mestiços, nativos, estrangeiros, cativos e libertos convocaram todos os seus Deuses, suas heranças históricas e o máximo de sua coragem para sacrificar, todos juntos, dezenas de milhares de vidas dos seus e oferecer, numa luta sangrenta e desigual, a liberdade, a independência, a integridade, a identidade, a unidade ao Brasil.

Axé.

Aos que começam a se contaminar pelo ódio regional ou religioso, oferecemos humildemente nosso carnaval da mistura, nossos 700 km de mar, nossos 5 séculos de sincretismo resistente a todo tipo de nefasto fundamentalismo, nossa bandeira que já harmoniza o vermelho e o azul que hoje tentam ostentar como símbolo da separação e, acima de tudo, nosso quente e aconchegante coração verde e amarelo.

Sejam benvindos.

umuntu ngumuntu ngabantu