OBS.: A TRADUÇÃO ABAIXO É LIVRE, COM MUDANÇAS NA SEQUÊNCIA DO TEXTO E INCLUÍ COMENTÁRIOS
LONDRES - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange se entregou à polícia de Londres nesta terça-feira como parte de uma investigação sueca sobre crimes sexuais.
Este constitui o mais recente revés para uma organização que enfrenta desafios legais, financeiros e tecnológicos depois de liberar centenas de mensagens secretas da diplomacia dos Estados Unidos.
Desde o início do vazamento via Internet das mensagens secretas desde a semana passada, o WikiLeaks viu suas contas bancárias canceladas, seus sites atacados e o governo dos EUA iniciarem uma investigação criminal dizendo que o grupo colocou em perigo a segurança nacional e os esforços diplomáticos do país em todo o mundo.
Ele também viu, em contrapartida, apoiadores correrem em sua ajuda através da criação de mais de 500 sites espelhos ao redor do mundo.
O WikiLeaks irou o governo dos EUA quando divulgou - há cêrca de um ano - dezenas de milhares de documentos secretos militares dos EUA, principalmente sobre infinitos abusos no Iraque e Afeganistão.
E, agora, multiplica a dose com o lançamento em curso do que ele diz que totalizará, eventualmente, um quarto de milhão de "cabos" (telegramas ou, simplesmente, mensagens) diplomáticas dos EUA enviadas secretamente nos últimos anos por todo e sobre todo o mundo.
Os documentos foram compartilhados com cinco jornais, que têm trabalhado junto ao WikiLeaks para organizar, classificar, editar e preparar os documentos para sua publicação gradativa.
A campanha contra a WikiLeaks começou com um esforço para bloquear o site quando os documentos estavam sendo liberados.
Empresas de internet dos EUA como Amazon.com, Inc., EveryDNS e PayPal, Inc., foram rápida e sucessivamente cortando os seus laços com o WikiLeaks, forçando-o a saltar para novos servidores e adotar novos endereços primários na Web, como o wikileaks.ch na Suíça.
Autoridades suíças fecharam as contas bancárias de Assange na segunda-feira.
A MasterCard vem "desconectando o plug" dos pagamentos e doações online para o WikiLeaks, de acordo com com o gigante de notícias sobre tecnologia CNET. Um representante europeu da empresa de cartões-de-crédito não retornou a ligação da reportagem em busca de esclarecimentos.
Os ataques parecem ter sido pelo menos parcialmente bem sucedidos em estancar o fluxo de segredos: o WikiLeaks passou mais de 24 horas sem publicar novos documentos, embora as histórias sobre eles continuem a ser publicadas no The New York Times e no britânico The Guardian, dois dos jornais com acesso antecipado aos cabos.
Obs.: Ainda nesta manhã de terça-feira, 07 de dezembro, este humilde blogueiro - contestando o que diz a matéria - e pouco antes de receber a notícia da prisão, teve acesso a alguns novos "vazamentos" ("leak" quer dizer "vazamento") através de um dos sites-espelho. Foram cerca de apenas 30 novos documentos, mas houve sim publicação hoje e não através dos jornais parceiros.
O Twitter do WikiLeaks, geralmente repleto de atualizações, recursos e comentários, tem estado em silêncio desde segunda-feira à noite, quando o grupo alertou que a prisão de Assange era iminente.
Finalmente, os problemas legais pessoais alegados que, hoje, enfim, o levaram à detenção, resultam de denúncias feitas contra ele por duas mulheres que ele conheceu na Suécia durante o verão.
Assange, um australiano de 39 anos de idade, é acusado de estupro e abuso sexual em um caso e de abuso sexual e coerção ilegal em outro.
Assange nega as acusações, que seu advogado britânico Mark Stephens, diz ser baseada numa discussão legal sobre "disputa sobre sexo consensual, mas sem proteção."
Assange e Stephens têm sugerido que o processo está sendo manipulado por razões políticas.
Assange foi prometido à Côrte de Magistrados de Westminster ainda na tarde desta terça (02 horas a mais em relação a Brasília - com o horário de verão).
Se ele contestar sua extradição para a Suécia, ele provavelmente permanecerá detido sob custódia ou será libertado sob fiança até que outro juiz decida sobre a extradição, disse anônimamente um porta-voz do departamento responsável por extradições.
Um porta-voz do WikiLeaks chamou a prisão Assange de um ataque à liberdade de imprensa e disse que isso não vai impedir a organização de liberar mais documentos secretos.
JULIAN ASSANGE ESTÁ PRÊSO.
MAS A VERDADE ESTÁ LIVRE.
Que saibamos fazer a força da nossa verdade juntos,
lhe devolver a liberdade e a muitos outros.
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