Saturday, October 30, 2010

1m 49cm. 76 anos. Mãe Gentil. Que não foge à luta!

Brava Gente! Minha Mãe!

Apenas um desabafo orgulhoso.

Ainda que eu só vá me sentir desabafado mesmo na segunda-feira.

Ontem, ao descer a rampa do supermercado ao lado de minha casa, vejo uma intensa balbúrdia em torno de minha querida mãe.

Corro em desespero e encontro papéis ao chão junto a um único pé solitário de sapato e um senhor sorridente a beijar sem cessar as mãos de minha mãe que, dedo em riste, gesticulava para um policial também sorridente de pé.

Do alto dos seus 1m 49cm e 76 anos de idade ela, simplesmente havia dado "voz-de-prisão" a um distribuidor de panfletos apócrifos que acusavam Dilma, entre outras coisas, de "sapatão", "assassina de militares", "terrorrista", "golpista" etc etc etc.

D. Marlene, minha mãe, simplesmente vira o homem meio desconfiado distribuindo os tais panfletos, aproximou-se sorrateiramente, pediu-lhe um, leu, perguntou de onde vinham, onde ele os recebera e, sem contar conversa, teclando ao celular, disse: o senhor está prêso!

O homem esboçou reação ao que o abordado no carro abriu a porta e o panfletador largou panfletos, um sapato e continua correndo provavelmente até agora!

A enxurrada de folhetos e outras peças de campanha nazi-fascista continua, faltam 02 dias mas ainda não nos podemos desmobilizar.

E que segunda-feira tenhamos no Planalto, pela primeira vez, alguém - modéstia à parte - como minha querida mãe de quem tanto ainda mais me orgulho -: mãe gentil... que não foge à luta!

Desculpem mas, precisava compartilhar!

P.S.:

Perguntei: mããããããe, mas como voz de prisão? Você é nutricionista!

Resposta: 

Todo cidadão brasileiro tem o direito de prender outro em flagrante diante de um crime... principalmente quando se trata de um crime contra seu país!

É isso! Dá medo mas, é isso!

Wednesday, October 13, 2010

José Serra após o resgate no Chile: "Eu também já fiquei preso numa mina. E por vários meses..."

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Fontes que preferiram não revelar seus nomes dizem ter assistido espantadas ao comentário do candidato diante das cenas transmitidas pela televisão.

Segundo eles, Serra assistiu emocionado - pelo carinho especial que tem com o povo chileno - às cenas heróicas e aos momentos testemunhos da força, coragem, fé e esperança no ser humano a todos nós oferecidas pelos mineiros resgatados.

Ao final, contudo, teria feito o surpreendente comentário: "Eu também já fiquei preso numa mina. E por vários meses... Aliás, quem conhece minha história - que é transparente - sabe, inclusive, que não foram poucas as vezes em que isso aconteceu", concluiu.

Amigos próximos de J. Serra, "O Beato Verde", descartaram qualquer hipótese de mais um surto da sua nova Circensis-Mania ("viro-qualquer-coisa-que-fôr-preciso-na-hora-desde-criancinha").

E afirmam ter conhecimento do fato.

Tratava-se de umas "mina" da UNE a quem o jovem militante se "ligava" profundamente nos tempos do movimento estudantil e ficava totalmente prêso à paixão até que surgisse um novo amôr que o libertasse.

NOTA DA REDAÇÃO:
Obs - Até o fechamento desta edição, não conseguuimos confirmar a estória.

Monday, October 11, 2010

Frei Betto: Dilma e a fé cristã

Reproduzo artigo de Frei Betto, publicado na coluna "Tendências/Debates" da Folha:
Fonte: Blog do Miro

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de "marxista ateia".

Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.

Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória - diria, terrorista - acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos. Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.

Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo. Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam. Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto...

Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.

Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.

Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.

Saturday, October 2, 2010

Bulgária em pêso torce por "Dilmano Rusef". E por motivos menos peculiares, a América Latina, a África e todos os que querem um planeta mais justo e equilibrado.




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Bulgarians proud to see one of their own as president of Brazil


MIHAILINA DIMITROVA AND VESSELIN ZHELEV
01.10.2010 @ 19:31 CET

BRUSSELS - She was a Marxist and a guerrilla. She was in jail. She was twice divorced.

She is half-Bulgarian.

And, bar an upset, she is sure to head the wold's fifth most populous state and eighth largest economy.

Sixty-two year old Dilma Rousseff is expected to become Brazil's first female president, possibly from the first round of the election scheduled for 3 October.

Brazilian presidential election front-runner Dilma Rousseff poses in the presidential plane (Photo: 24 Chasa)

The latest victory she won was a year ago against lymph node cancer.

She began her election campaign straight from chemotherapy.

In the Balkan homeland of her late father Petar Rusev (known also as Pedro Rousseff), news about Brazil has so far been limited to the Rio Carnival, football and samba. Now papers dedicate whole pages to "our kinswoman" tipped to become one of the world's most influential leaders.

And people proudly read about her extraordinary path in life.

Pedro Rousseff, who died in 1962, emigrated from his native town of Gabrovo in central Bulgaria to France in 1929.

Later he settled in Belo Horizonte, south eastern Brazil, where he became a rancher and married Dilma Jane Silva, Ms Rousseff's mother.

Just finished boarding school, French and piano lessons, 17-year old Ms Rousseff headed a guerrilla group fighting Brazil's 1964-1985 military junta.

She led men who stole $2.5 million from the office of the Sao Paolo Governor in 1969.

She then served a prison sentence from 1970 to 1973 and was repeatedly tortured.

Once out of jail, she graduated in economics and, after the restoration of democracy in the mid-1980s, helped re-establish the Workers' Party of current President Luiz Inacio Lula da Silva where she rose to become his chief of staff.

Mr Lula, the most popular Brazilian leader ever, is not allowed to run for a third term. He threw all his weight behind Ms Rousseff voicing confidence she would continue his pragmatic economic policies that fostered growth and delivered aid to low income groups.

Pollsters give Ms Rousseff 51 percent of the vote compared to just over 25 percent for her main contender Sao Paolo governor Jose Serra, who lost the 2002 presidential polls to Mr Lula.

If she wins, she will be the third consecutive female state leader over recent years in Latin America where politics is predominantly a male world. Ms Rousseff will follow in the footsteps of Argentina's President Cristina Fernandez de Kirchner and her former colleague from Chile, Michele Bachelet.

Although she speaks no Bulgarian, Ms Rouseff's Bulgarian background became a colourful detail in the Brazilian media coverage of her campaign. In an interview for the SBT TV she sent her love to all Bulgarians. "I had a brother who lived in Bulgaria," said Ms Rousseff referring to Lyuben Rousseff. "He died recently. I'm sorry, I have no other relatives in Bulgaria."

However, the Sofia daily, Trud, proved her wrong. Its reporters found Mr Rousseff's nephew Bozhidar Baikushev, who said he would be proud to see his distant relative elected president of Brazil.